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Crônicas

10 ensinamentos de Anthony Bourdain sobre como viajar melhor

July 10, 2025July 10, 2025 Natália Becattini Leave a comment

Foram muitas as noites mal dormidas em ônibus, aviões, aeroportos e rodoviárias. Muitos banhos gelados, inúmeras estradas intermináveis em que o avanço dos quilômetros é sentido no corpo. Aquela sensação de estar meio sentada, meio deitada na cadeira reclinável (às vezes nem isso), virando de um lado pro outro cada vez que machuca. Viajar é, antes de tudo, um rolê desconfortável pra burro.

A começar pelo trajeto. Tá, tem sim uma poesia na estrada, mas tem também aquela ansiedade característica de chegar, não porque o destino seja tudo que importa, mas para conseguir pelo amor de deus colocar o corpo na vertical — ou na horizontal — de verdade, de uma vez por todas.

Viajar nem sempre é belo; às vezes dói no sentido físico mesmo da palavra. Muitas vezes é irritante. Cansativo. Perigoso. Mas então, porque seguir?

Anthony Bourdain dizia: “Abra a sua mente, se levante do sofá, mova-se.”

Adotei esse conselho instintivamente antes mesmo de ouvi-lo, assim que qualquer quantidade mínima de dinheiro começou a pingar em uma conta bancária vinculada ao meu CPF. Ao contrário de muitos de seus fãs, comecei a viajar não por influência dele, mas sem nunca ter ouvido seu nome, motivada por uma profunda curiosidade sobre o mundo e sobre o que era diferente daquilo que eu conhecia. Gosto de pensar que tínhamos um pouco em comum.

Um dia, quando a saudade bateu, procurei uma forma de reassistir seus programas, mas eles estavam desaparecidos dos streamings e a pirataria na internet andava em baixa (eu não tenho mais paciência para esperar 10 dias por um torrent que vai retornar um vírus e um filme pornô no final).

Me contentei lendo seus livros, tive uma fase obcecada com sua história, pensamentos, o jeito que enxergava a vida. Por fim, encontrei uma mina de ouro no Streamio e, recentemente, um canal do Youtube dedicado a republicar Parts Unknown (como esse conteúdo não cai por direitos autorais? Será o dono alguém da família do Bourdain? Alguém que comprou os direitos de exibição? Questionamentos!).

Me alegrei ao ver, em sua filosofia viajeira, inúmeros pontos de conexão com a minha. E outras coisas que absorvi.

Bourdain acreditava em viajar com espontaneidade, sem um roteiro rígido, para dar espaço para que os “felizes acidentes” acontecessem pelo caminho. O imprevisto, dizia, é um guia generoso.

Comida é uma ponte entre pessoas e, por consequência, entre culturas. E essa crença foi fio condutor de toda uma vida: as relações que criamos ao dividir um copo ou uma refeição.

Longe de ser chef ou crítica culinária, foram as viagens que me forçaram a deixar de ser a menina insuportável criada-com-danoninho-e-pouca-disposição-para-sair-da-zona-de-conforto-gastronômica para alguém que não recusa um novo prato porque entendi muito cedo que, depois da língua, a comida é a manifestação cultural mais marcante de um povo. Refeições sozinhas são capazes de contar histórias, explicar contextos e demonstrar afetos.

Tento cultivar — e reconheço que muitas vezes ainda falho miseravelmente nisso aqui — essa curiosidade humilde tão em falta nas viagens instagramáveis dos dias de hoje. Bourdain carregava um interesse genuíno, quase infantil, que o fazia prestar atenção aos detalhes e às pessoas com respeito, reconhecendo quão pouco sabia sobre o mundo.

Vivemos uma era de ruídos, e pouco tempo resta para calar a merda da boca (como ele diria) e absorver.

Tem mais coisas: a coragem de experimentar um caminho diferente, a empatia de enxergar através dos olhos do outro, o impulso de dizer “sim” mais vezes do que “não”.

“A jornada te muda; ela deveria te mudar. Ela deixa marcas na sua memória, na sua consciência, no seu coração e no seu corpo. Você leva algo com você. Com sorte, você deixa algo para trás”. – Anthony Bourdain

Porque também pode ser uma ferramenta de transformação e crescimento, viajar às vezes aperta onde dói. Mas o bom é que ela cura também.

10 ensinamentos de Anthony Bourdain para quem ama viajar

  1. Coma o que te oferecerem. Mesmo que você não saiba o que é. Sobretudo se não souber o que é.
  2. Não vá ao restaurante com nota 5.0 no Google. O real está no 4.2, com fotos ruins e toalha de plástico.
  3. Se está tudo perfeito demais, você está em um teatro. Turismo controlado é entretenimento ensaiado para você.
  4. Viajar não é para confirmar suas ideias. É para você descobrir que talvez estivesse errado o tempo todo.
  5. Ouça mais do que fala. O viajante que aprende é aquele que se silencia de vez em quando.
  6. Converse com estranhos. Taxistas, cozinheiros, garçons… as pessoas vão te contar coisas que você não consegue descobrir perguntando ao Chat GPT.
  7. Não planeje tudo. Deixe espaço para o acaso. As melhores histórias não estavam no roteiro.
  8. Se não tolerar desconforto, fique em casa. A estrada tem lama, espera, improviso. A graça está nisso.
  9. Seja curioso, não julgador. Pare de comparar o mundo com o seu quintal. Tente desaprender o que você acha que sabe.
  10. Evite atrações turísticas em horário nobre. Vá pro mercado, pra esquina, pro boteco.

O que você aprendeu com Bourdain?

Eu te ajudo a cair na estrada também!

Nos links abaixo há alguns serviços que eu utilizo e que me ajudam muito em minhas viagens.

  • Desconto de 10 dólares no Worldpackers com o cupom NATYBECATTINI
  • Cartão de débito multi-moeda da Wise
  • Tudo que eu levo comigo na mochila
  • Seguro de viagem para nômades digitais
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Jornalista, Escritora, Nômade

Há 12 anos eu viajo o mundo, conto histórias e provo cervejas locais. Aqui você lê sobre minhas viagens e sobre escrita, jornalismo e produção de conteúdo.

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