Em agosto de 2016, eu passei 10 dias em Berlim. A começar pelo tempo que estive ali, essa viagem foi um pouco diferente das que eu costumo fazer. O objetivo era fazer todo o trabalho de campo de um projeto no qual eu trabalhei todo o primeiro semestre: a LadoB, uma revista sobre cultura alternativa para viajantes nas grandes cidades do mundo. A revista era meu trabalho de conclusão do Máster em Periodismo de Viajes da Universidad Autónoma de Barcelona, que defendemos na última quarta-feira.
Entregar a revista foi o fim de um ciclo. Desde a definição do destino – por meio de sorteio -, foram inúmeras ideias rascunhadas, reuniões nos fins de semana, discussões por WhatsApp e corrida contra o tempo. Várias vezes eu me questionei se teríamos algo decente para apresentar para a banca, mas no final as coisas deram certo e eu me orgulho muito do resultado. E é por isso que eu resolvi apresentar o projeto para vocês.
Nosso primeiro desafio foi definir o que era o underground ou a cultura alternativa. Tão logo a ideia de uma revista com essa temática foi ganhando forma, percebemos que cada um de nós tinha uma ideia diferente sobre o que ela significava. Decidimos que o alternativo nasce e se desenvolve nas ruas. É o contrário da produção industrial da cultura, dos produtos culturais de massa. A definição pode parecer ampla, mas nos permitiu buscar diferentes caras dessa Berlim alternativa.
Seguimos os passos de David Bowie na cidade. Nos infiltramos em uma sessão de Hip Hop na qual quem frequenta se sente parte de uma família. Saímos de festa com um grupo de refugiados sírios e escutamos suas história. Conversamos com imigrantes turcos e escutamos o que eles tinham a dizer sobre a gentrificação das cidades. Percorremos as ruas em busca dos grafites mais emblemáticos. Mergulhamos na história pouco contada nos livros didáticos.
É importante ressaltar que, apesar de ser sobre cultura alternativa, o público alvo do projeto são viajantes estrangeiros que querem explorar uma Berlim que não é mostrada – ou não ganha espaço suficiente – nos guias tradicionais. Mais que ver o Portão de Branderburgo, esse viajante busca encontrar uma cidade muitas vezes só acessível aos moradores locais, que tem interesses próprios e gosta de vê-los refletidos em seus roteiros e procura ter uma compreensão do contexto e conhecimento geral sobre o lugar visitado.
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