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Nomadismo Digital

O fim da era nômade digital: Por que me mudei para são Paulo

November 14, 2025November 14, 2025 Natália Becattini Leave a comment

Quando, aos 23 anos, eu terminei minha volta ao mundo e resolvi que era minha hora de virar gente grande, fui tratando logo de fazer aquilo que se esperava de mim: me mudei pra São Paulo e consegui um emprego.

Aluguei um quartinho nos fundos da república que meus amigos da faculdade haviam montado aqui e decidi que a cidade agora era meu novo lar. Tipo, pra sempre.

Eu não tinha ideia de que, 10 meses depois, eu teria rodado num lay off (na época a gente chamava de passaralho, em PT-BR mesmo) e estaria empacotando tudo outra vez, agora fazendo o movimento inverso: abrir mão de ter uma casa para viajar sem data de volta. Pra sempre.

Uma das coisas mais malucas da vida é que a gente nunca sabe onde o caminho que a gente tá pegando vai desembocar, mas insiste em crer que tem o mapa todo destrinchado à nossa frente.

Em abril passado, eu peguei um avião do Rio de Janeiro para passar um fim de semana em São Paulo. Quando desembarquei aqui, para um seminário de produtores de conteúdo de viagem, eu jamais esperaria que, seis meses depois, eu estaria trocando o apartamento do Airbnb por um contrato do Quinto Andar.

E mais: com um emprego fixo para o qual eu preciso IR de vez em quando. Digo, fisicamente mesmo. De metrô e tudo.

14 anos de vida nômade depois, eu voltei pra onde saí. Numa decisão que seria irônica se não tivesse sido tomada depois de pesar muito o que era melhor pra mim agora, noites e noites sem dormir.

Não foi nada fácil, vocês devem imaginar. Durante mais de uma década, eu vivi em movimento. Sabia o peso exato de tudo que eu tinha, o espaço que cada coisa ocupava na mochila. Sempre me orgulhei de ter resistido tanto tempo em um estilo de vida que muitos abandonam por fadiga.

Há muitas renúncias na vida de quem escolhe a estrada, e eu banquei cada uma delas até aqui.

Mas quando uma amiga me questionou sobre meu grande plano de encarar uma travessia terrestre pelo Brasil, minha resposta foi apenas que eu tive que colocar o pé no chão e fazer uma escolha de adulta.

“Que saco!”, ela respondeu. E sim, é mesmo um saco.

Mas era isso ou ganhar na loteria. E eu raramente jogo.

Indo trabalhar PRESENCIAL

Desde que previ que esse ano seria profissional e financeiramente difícil por razões que estavam além do meu controle, comecei a me movimentar em busca de alternativas.

Quem passou por uma pandemia sobrevive a qualquer coisa, não é mesmo?

Não é mesmo?

Inúmeras oportunidades surgiram, apenas para serem retiradas no último minuto (isso quando não rolou um belo de um ghosting).

Ainda assim, segui a cartilha. Passei horas me intoxicando no LinkedIn, acionei contatos, perdi as contas de quantos currículos editei perfeitinhos pra cada vaga mesmo sabendo que, formatada em um pdf, minha história é não-linear demais pro mundo dos engravatados. Rebelde até, eu diria.

Teci planos mirabolantes, criei estratégias novas de monetização para os meus projetos, trabalhei até 12 horas por dias sem receber nem uma centavo além daquilo que já recebo parada.

E foi bem assim, do dia pra noite, que tudo mudou pra mim: a internet virou do avesso, meu tráfego despencou, e com ele, a vida que eu tinha construído na estrada. 14 anos inteiros de trabalho sendo soterrados por robôs de inteligência artificial que roubaram meu (nosso) conteúdo para saber o que sabem, implodindo todo um ecossistema. Minha vida? Completamente desestruturada desde então.

Eu tentei, e como tentei, migrar o eixo central do trabalho para as redes sociais. Mas o ritmo frenético dos algoritmos versus o ritmo lento do crescimento atacavam meu fígado. Sem falar na volatilidade, na precarização, na falta de garantias, na busca incessável por atenção que não combina nada comigo. Tem várias formas de ganhar dinheiro na internet e a maior parte delas eu me recuso a fazer. E ainda assim eu insistia. Dia após dia, flop após flop, mas a sensação era de fazer um esforço imenso pra evoluir centímetros. Pifei.

Durante muito tempo, meu sentimento foi de ter perdido o jogo. Foi um ano bem difícil, emocionalmente falando. E por isso eu me calei.

Porque, vocês sabem, a gente não sabe falar das nossas derrotas. Quando alguém decide compartilhar uma delas, quase sempre é aquela com final feliz, formatadinha pra lacrar no LinkedIn. O fracasso cru, sem redenção, sem moral da história, esse a gente esconde.

Quando as coisas dão errado, a gente tende a achar que é culpa nossa. E talvez seja mesmo, às vezes. Mas o que a gente nunca se lembra é que esses erros são sempre só uma parte da nossa história, e que é impossível passar pela vida sem levar nenhum tombo.

Eu já tinha até jogado a toalha quando ela veio. A redenção, digo. Na forma de um emprego, de dias que começam e terminam no mesmo lugar, em um prédio comercial chique, todo de vidro e de frente para uma avenida.

E mais: o privilégio de seguir trabalhando com algo que gosto, dentro do meu campo de atuação, em uma empresa renomada.

Numa dessas reviravoltas que a vida dá, resolvi fazer a troca oposta àquela de anos atrás.

Se vocês me contassem, eu jamais acreditaria.

Mas estou feliz.

Eu te ajudo a cair na estrada também!

Nos links abaixo há alguns serviços que eu utilizo e que me ajudam muito em minhas viagens.

  • Desconto de 10 dólares no Worldpackers com o cupom NATYBECATTINI
  • Cartão de débito multi-moeda da Wise
  • Tudo que eu levo comigo na mochila
  • Seguro de viagem para nômades digitais
São PauloTrabalho Remoto

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Jornalista, Escritora, Nômade

Há 12 anos eu viajo o mundo, conto histórias e provo cervejas locais. Aqui você lê sobre minhas viagens e sobre escrita, jornalismo e produção de conteúdo.

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